Finanças
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Por Igor Sodré, Valor — São Paulo


O dólar disparou ante o real nesta segunda-feira (26), fechando em alta de 2,52%, aos R$ 5,3804. A aversão global ao risco, diante dos temores de recessão, e, localmente, a cautela dos investidores na última semana antes do primeiro turno da eleição presidencial fizeram com o que a divisa brasileira tivesse o pior desempenho entre as 33 principais moedas no mundo nesta sessão. Nas máximas, o dólar comercial subiu mais de 3% e superou os R$ 5,41, nos maiores níveis em mais de dois meses.

A semana também trará eventos importantes na agenda econômica, que intensificam o clima de cautela dos investidores. “Agora na véspera da eleição, há uma tendência dos investidores quererem ir ‘mais leves’ para o final de semana, diminuindo suas exposições. Temos uma semana bastante cheia no país, com IPCA-15 amanhã, ata da reunião do Copom, relatório de inflação”, diz Fábio Guarda, sócio e gestor da Galapagos Capital. “Tudo isso precipita um pouco uma zeragem de risco, uma diminuição de exposição ao mercado local”, completa.

Lá fora, o dólar continua operando nos maiores níveis em 20 anos ante uma cesta de seis moedas desenvolvidas. A tensão no exterior vem principalmente da Europa, após o anúncio do plano fiscal do Reino Unido fazer investidores precificarem uma alta expressiva nos juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na próxima reunião e levantou rumores até mesmo sobre a possibilidade de uma reunião de emergência para elevar as taxas mais rapidamente. O anúncio fez com que a libra atingisse a mínima histórica.

 — Foto: Kiyoshi Ota/Bloomberg
— Foto: Kiyoshi Ota/Bloomberg

O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas principais, operava em alta de 0,82%, negociado aos 114,119 pontos, nas máximas históricas. Na comparação com divisas emergentes, o dólar avançava 0,92% ante o peso mexicano; 0,72% ante o rand sul-africano; 2,42% contra o peso chileno; e 0,18% ante a lira turca.

“A grande mudança, hoje, veio desse comportamento dos mercados lá fora. A gente acabou entrando no pacote de estresse nesse movimento iniciado na curva de juros do Reino Unido”, disse Gustavo Menezes, gestor macro da AZ Quest. O rendimento do Gilt de dez anos disparou de 3,827% para 4,282%, ao mesmo tempo em que o título de 2 anos saltou de 3,910% para 4,417%.

“As moedas emergentes que, de alguma maneira, estavam se segurando frente às moedas de países desenvolvidos, não tiveram como passar ilesas, vendo uma magnitude de alta tão grande nos juros [do Reino Unido], que acabou pegando Europa e Estados Unidos. O mercado começa a se questionar e se antecipar as possíveis posturas futuras dos outros bancos centrais”, completa.

Nesse contexto, investidores irão monitorar, amanhã, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, que discursa em um evento às 8h30, já que pode haver sinalização sobre o próximos passos da política monetária americana.

Localmente, como pano de fundo, investidores também aumentaram a cautela por conta da proximidade do primeiro turno das eleições, que acontece no domingo (2). Além disso, a semana também trará eventos importantes na agenda econômica.

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